Informações sobre o livro
Título Traduzido: As Sete Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra
Autor: Deepak Chopra
Ano de Lançamento: 2005
SOBRE O LIVRO
Segundo Deepak Chopra, o renomado autor de A Cura Quântica, se compreendermos a nossa verdadeira natureza e soubermos viver em harmonia com as leis naturais, a sensação de bem-estar, de entusiasmo pela vida e a abundância material surgirão facilmente.
Este é um livro especial, para se ter por perto em todos os momentos da vida, pois suas páginas revelam segredos para o leitor realizar suas conquistas mais surpreendentes e importantes. Esta obra ajudará a entender o que realmente nos faz pessoas felizes e realizadas e ensinará a colocar a verdadeira compreensão do sucesso na prática.
Deepak Chopra expõe as leis naturais que, de acordo com a milenar sabedoria indiana, regem as relações entre homem e natureza, terra e cosmo, e explica cada um dos princípios que levam à satisfação do espírito e ao sucesso material, mostrando também como aplicá-los no dia a dia para alcançar uma verdadeira revolução interna e uma radical transformação da realidade exterior.
Neste livro, o autor rompe com a idéia mais tradicional de sucesso destruindo o mito de que este é sempre conseqüência de um trabalho árduo, planos detalhados ou ambição. O conceito proposto pelo autor transcende as barreiras do que se restringe simplesmente à realização material, elevando sua definição a um nível muito mais pleno, estreitamente ligado à compreensão das necessidades da alma humana e daquilo que é capaz de realizá-la.
A partir da compreensão das sete leis, percebemos que o sucesso, em seu sentido mais amplo, não é o resultado das ações previamente calculadas, do trabalho árduo e da ambição, mas a tradução da serenidade e do bem-estar, de profundos sentimentos de alegria e realização pessoal. A sintonia com esses princípios nos permite alcançar o que verdadeiramente desejamos - nos transformar em pessoas melhores e, definitivamente, bem-sucedidas. Princípios para o sucesso são indicados de forma prática e acessível.
Segundo o autor, ninguém jamais se sentirá completamente realizado enquanto submeter a felicidade às conquistas materiais. O livro apresenta uma visão mais clara e abrangente dos resultados positivos alcançados quando sugere que devemos nos manter atentos às leis simples e poderosas.
Embora este livro se intitule As Sete Leis Espirituais do Sucesso, também se poderia chamar As Sete Leis Espirituais da Vida, porque se trata aqui dos mesmos princípios que a natureza aplica para criar tudo o que faz parte da existência material - tudo o que podemos ver, ouvir,cheirar, saborear ou tocar.
Quando essa sabedoria se incorpora na nossa consciência, dá-nos a capacidade de criar uma riqueza ilimitada com um mínimo de esforço e permite-nos realizar com êxito todos os nossos projetos. O sucesso na vida poderia definir-se como a constante expansão da felicidade e a progressiva realização de objetivos meritórios. O sucesso consiste na capacidade de realizarmos os nossos desejos com um mínimo de esforço.
E, no entanto, o sucesso, incluindo a criação de riqueza, foi sempre considerado um processo que exige um trabalho árduo e muitas vezes pensa-se que ele só se alcança à custa dos outros. Necessitamos de uma abordagem mais espiritual do sucesso e da prosperidade, que consiste no fluxo abundante de todas as coisas boas para nós. Com a sabedoria e a prática da lei espiritual, colocamo-nos em harmonia com a natureza e somos capazes de criar com despreocupação, alegria e amor.
Um livro para ser lido e retomado muitas vezes.
Lei N°1
A Lei da Potencialidade Pura
A fonte de toda a criação é a conscientização pura... a potencialidade pura que busca expressar-se do não manifesto ao manifesto...
E quando descobrimos que nosso verdadeiro Eu é potencialidade pura, alinhamo-nos à força que coordena tudo no universo.
A primeira lei espiritual do sucesso é a lei da potencialidade pura. Essa lei se apóia no fato de que somos, essencialmente, consciência pura. Consciência pura significa potencialidade pura. É o campo de todas as possibilidades e da criatividade infinita. Consciência pura é a nossa essência espiritual. Ser infinito e ilimitado é pura satisfação. Outros atributos da conscientização são o conhecimento puro, o silêncio infinito, o equilíbrio perfeito, a invencibilidade, a simplicidade, a felicidade. Essa é a nossa natureza essencial, que é a potencialidade pura.
Quando você descobre sua natureza essencial, quando sabe quem realmente é, encontra toda a sua potencialidade. É no conhecer-se que reside a capacidade de realização de todos os sonhos, porque você mesmo representa a possibilidade eterna, a imensurável potencialidade de tudo o que foi e poderá vir a ser. A lei da potencialidade pura também poderia ser chamada de lei da unidade, pois sob a diversidade infinita da vida encontra-se a unidade do espírito da pessoa. Não existe separação entre você e esse campo de energia. O campo da potencialidade pura é o próprio Eu. E, quanto mais você busca a sua verdadeira natureza – o próprio Eu – mais se aproxima do campo da potencialidade pura.
Na experiência do Eu, chamada auto-referência, nosso ponto de referência interior é o espírito e não aquilo que nos rodeia. O seu oposto é o objeto-referência, cujo ponto de referência interior é o ego. Na experiência do objeto-referência nos deixamos influenciar pelo que acontece fora de nossa natureza interior; pelas situações, circunstâncias, pessoas e coisas. Neste estado, buscamos incessantemente a aprovação dos outros; nossos comportamentos antecipam-se a toda resposta, porque fundamentam-se no medo. No objeto-referência, nossa tendência é querer controlar as coisas, ter necessidade de poder externo. Todas essas situações – necessidade de aprovação, de poder externo, de controle das coisas – estão baseadas no medo. Esse tipo de força não é a da potencialidade pura, o poder do Eu, o poder real. Se experimentamos o poder do Eu, não há medo, não há compulsão para o controle, não esforço para obter aprovação, ou para conseguir o poder externo.
No estado do objeto-referência o ego está em primeiro lugar. Mas, ele não expressa o que você realmente é. O ego reflete apenas a sua auto-imagem, a sua máscara social, o papel que você representa. Sua máscara social necessita de aprovação, de controle, de apoio no poder, porque você vive com medo.
Se o verdadeiro Eu – que é o seu espírito, sua alma – está livre dessas coisas, é imune à crítica, não teme desafios, não se sente inferior a ninguém. Mas, também é humilde. Não se sente superior porque reconhece que todas as pessoas representam o mesmo Eu, o mesmo espírito, com diferentes faces.
Essa é a diferença essencial entre auto-referência e objeto-referência. Na auto-referência você experimenta seu verdadeiro Eu, que não teme desafios, respeita todas as pessoas e não se sente inferior a ninguém. O auto-poder é, portanto, o verdadeiro poder.
Já o poder assentado no objeto-referência é um falso poder. Por estar fundamentado no ego, ele existe enquanto existir o objeto referência. Se você tem muito dinheiro, ou um título, um cargo importante – presidente de um país, presidente de uma empresa – esse poder tão apreciado desaparecerá juntamente com o dinheiro, com o título ou com o cargo. O poder baseado no ego, portanto, termina quando acabam essas coisas. Assim que desaparecem – seja o título, o cargo, ou o dinheiro – o poder também desaparece.
O auto-poder é permanente, porque está fundamentado no conhecimento do Eu. O auto-poder tem características próprias. Ele atrai não só as coisas que você deseja, como as pessoas que possam lhe interessar. Magnetiza as pessoas, as situações e as circunstâncias que alimentam seus sonhos, apoiando-se nas leis naturais. É também o suporte da divindade que se encontra num ser em estado de graça. É tão intenso esse poder que você encontra prazer em se ligar às pessoas e elas a você. É o poder do vínculo – vínculo originado do amor verdadeiro.
Como é possível aplicar a lei da potencialidade pura, o campo de todas as possibilidades, em nossa vida rotineira ? Se você deseja desfrutar os benefícios do campo da potencialidade pura, se quer fazer pleno uso da criatividade, que é inerente à consciência pura, precisará ter acesso a ela. Uma forma de conseguir isso é se entregar diariamente a momentos de silêncio, praticar a meditação e evitar julgamentos. Viver em contato com a Natureza é outra maneira de ter acesso às qualidades inerentes a esse campo: A infinita criatividade, a liberdade e a felicidade.
Praticar o silêncio significa assumir o compromisso de reservar uma certa quantidade de tempo para simplesmente ser. Experimentar o silêncio significa afastar-se periodicamente da atividade da fala. Significa também, afastar-se periodicamente de atividades como assistir televisão, ouvir um rádio ou ler um livro. Se você nunca se entregar a experiência do silêncio, estará provocando turbulência em seu diálogo interior.
Sempre que possível, reserve tempo para experimentar o silêncio. Ou assuma o compromisso de manter o silêncio durante um certo período, diariamente. Poderia faze-lo por duas horas, por exemplo. Se isso lhe parecer muito, faça-o por uma hora apenas. Mas, tente aumentar esse tempo, experimentar o silêncio por um tempo cada vez maior, um dia inteiro, dois dias, ou uma semana.
O que acontece quando você entra na experiência do silêncio ? No início, seu diálogo interior fica mais turbulento. Sente uma necessidade intensa de dizer intensa de dizer coisas. Conheci pessoas que ficavam completamente loucas nos primeiros dias em que se comprometiam a estender o período de silêncio. Eram tomadas por uma sensação de urgência e ansiedade. Mas, quando persistiam na experiência, seu diálogo interior começava a se aquietar. E, o silêncio logo se tornava profundo. Isso acontece porque depois de um tempo a mente desiste. Ela se dá conta de que não adianta ficar dando voltas e voltas se você – o Eu, o espírito – não vai falar e ponto final. Então, quando o diálogo interior silencia, você começa a experimentar a quietude do campo da potencialidade pura.
Praticar periodicamente o silêncio da forma que lhe for conveniente é uma maneira de experimentar a lei da potencialidade pura. A medição é outra. O ideal seria que você meditasse pelo menos trinta minutos pela manhã e trinta minutos à noite. Pela meditação, você aprende a experimentar o campo do silêncio puro e da percepção pura. Nesse campo do silêncio puro está o campo da correlação infinita, o campo do infinito poder de organização, o supremo terreno da criação, onde todas as coisas estão inseparavelmente conectadas a tudo que existe.
Na quinta lei espiritual, a lei da intenção e do desejo, você verá como é possível introduzir um leve impulso de intenção neste campo, para que seu desejo surjam espontaneamente. Mas, antes você precisara experimentar a quietude. A quietude é o primeiro requisito para que seu desejo se manifestem. Ela o transporta ao campo da potencialidade pura com infinitas possibilidades de realização.
Imagine-se atirando pedrinhas num lago tranqüilo e observando as ondas que se formam. Momentos depois, quando as ondas cessam, você atira outra pedra. É exatamente o que fazemos quando entramos no campo do silêncio puro e introduzimos uma intenção. No silêncio, a intenção mais remota espalha ondas sobre o leito da consciência universal, que interliga todas as coisas. Mas, se você não experimentar a quietude da consciência, se sua mente continuar como um oceano turbulento, pode jogar o edifício Empire States dentro dela que nem vai notar. Na Bíblia há esta frase: “Fique em silêncio, sina a Minha presença e saiba que eu sou Deus”. Isso só se consegue através da meditação.
Outra maneira de acessar o campo da potencialidade pura é através do não-julgamento. Julgar é estar constantemente avaliando as coisas como certas ou erradas, boas ou más. Se você está constantemente avaliando, classificando, rotulando, analisando, cria muita turbulência em seu diálogo interior. Essa turbulência restringe o fluxo de energia entre você e o campo da potencialidade pura. Literalmente, você diminui o “espaço vazio” entre os pensamentos.
É através desse espaço vazio que você se liga ao campo da potencialidade pura. É esse estado de percepção pura, esse espaço silencioso entre os pensamentos, essa quietude interior que põe você em contato com o poder verdadeiro. Se você diminuir esse espaço, estará restringindo a sua conexão com o campo da potencialidade pura e da criatividade infinita.
Há uma oração que diz: “Hoje não julgarei nada que aconteça”. O não-julgamento cria silêncio em sua mente. É uma boa idéia, portanto, começar o dia com essa frase. E durante o dia, lembrar dela toda vez que se pegar julgando alguma coisa. Se achar difícil fazer isso durante todo o dia, pelo menos se comprometa a não julgar nada “nas próximas duas horas” , ou “durante uma hora”. Depois, gradualmente, vá aumentando esse tempo.
Pelo silêncio, pela meditação, pelo não-julgamento, você terá acesso à primeira lei, a lei da potencialidade pura. Quando conseguir isso, poderá acrescentar um quarto componente a essa prática: O contato direto com a natureza; seja num riacho, numa floresta, montanha, lago ou praia. Essa comunhão com a natureza o levará a uma interação harmoniosa com todos os elementos das forças vitais. Ela permitirá, também, o acesso ao campo da potencialidade pura.
Você precisa entrar em contato com a mais profunda essência do seu ser. Ela está além do ego, é isenta de medo, livre, imune à crítica, não teme nenhum desafio. Não é inferior, nem superior a ninguém. É pura magia, mistério, encantamento.
O acesso à sua verdadeira essência também lhe dará uma pista sobre os seus relacionamentos, pois todo relacionamento é um reflexo do relacionamento que você tem consigo mesmo. Por exemplo, se você sente culpa, medo, insegurança em relação ao dinheiro, ao sucesso, ao que for, isso é reflexo de aspectos básicos da sua personalidade; aspectos de culpa, medo e insegurança. Nenhuma quantia de dinheiro ou sucesso resolverá esses problemas básicos da sua vida. Somente a intimidade com o seu verdadeiro Eu permitirá superar tais problemas. Quando você conhece bem o seu verdadeiro Eu, quando compreende a sua verdadeira natureza, não sente culpa, nem medo e nem insegurança, seja em relação a dinheiro, abundância, ou realização dos desejos, pois sabe que a essência de todos os bens materiais é energia vital, é potencialidade pura. E, potencialidade pura é a sua natureza intrínseca.
Quanto mais você acessa a sua verdadeira natureza, mais espontaneamente aparecem os pensamentos criativos, porque o campo da potencialidade pura também é o campo da criatividade infinita e do conhecimento puro. Franz Kafka, filósofo e poeta austríaco, disse certa vez: “Você não precisa sair do seu quarto. Fique sentado diante da mesa e ouça. Não precisa sem ouvir, simplesmente espere. Não precisa nem esperar, aprenda somente a ficar quieto, silencioso, solitário. O mundo se oferecerá espontaneamente a você para ser descoberto. Ele não tem outra escolha senão jogar-se em êxtase aos seus pés.”
A riqueza do Universo, a sua visível abundância, é uma expressão do poder criativo da natureza. Mas, primeiro você tem que superar a turbulência do seu diálogo interior para entrar em contato com esse abundante, pródigo e infinito poder de Deus. Só então criará a possibilidade de uma atividade dinâmica e terá consigo a quietude da mente eterna, ilimitada e criativa. Essa requintada combinação de mente silenciosa – ilimitada e infinita – estabelece um equilíbrio perfeito entre quietude e movimento simultâneos, o equilíbrio criador de tudo o que você quiser. A coexistência dos opostos – quietude e dinamismo ao mesmo tempo – torna você independente das situações, das circunstâncias, das pessoas e das coisas.
Quando você compreende a requintada coexistência dos opostos, entra em alinhamento com o mundo da energia, o caldo quântico, a substância imaterial, que é a fonte do mundo material. O mundo da energia é fluente, dinâmico, elástico, mutável, eterno movimento. Ao mesmo tempo é imutável, quieto, tranqüilo, silencioso, eterno repouso.
A quietude por si só é o potencial da criatividade. O movimento por si só é a criatividade restrita a certos aspectos da sua expressão. Mas, a combinação do movimento com a quietude capacita você a desencadear a sua criatividade em todas as direções – até onde o poder da sua atenção o possa levar.
Se a quietude acompanha sempre o movimento e a atividade, seja qual for a direção que você seguir, o movimento caótico ao seu redor não poderá impedir o acesso ao reservatório da criatividade, ao campo da potencialidade pura.
APLICAÇÃO DA LEI DA POTENCIALIDADE PURA
Você pode colocar a lei da potencialidade pura em ação assumindo o compromisso de dar os seguintes passos:
1) Entrar em contato com o campo da potencialidade pura, reservando um momento do dia para ficar em silêncio, para apenas ser. Ficar sozinho em meditação silenciosa pelo menos duas vezes ao dia, por aproximadamente trinta minutos pela manhã e trinta minutos à noite.
2) Reservar um período do dia para comungar com a natureza e observar em silêncio a inteligência que há em todas as coisa vivas. Ficar em silêncio e assistir ao pôr-do-sol, ouvir o ruído do oceano ou de um rio, ou simplesmente sentir o perfume de uma flor. No êxtase do silêncio, e em comunhão com a natureza, desfrutar a pulsação vital das eras, o campo da potencialidade pura e da criatividade ilimitada.
3) Praticar o não-julgamento. Começar o dia dizendo: “Hoje, não julgarei nada o que aconteça.” E durante todo o dia lembrar de não fazer novos julgamentos.
Lei N° 2
A lei da doação
O universo opera através de trocas dinâmicas... Dar e receber são diferentes aspectos do fluxo da energia universal.
Em nossa própria capacidade de dar tudo aquilo que almejamos encontra-se a chave para atrair a abundância do universo – o fluxo da energia universal – para a nossa vida.
A segunda lei espiritual do sucesso é a LEI DA DOAÇÃO. Ela poderia também ser chamada de a lei do da e receber, porque o universo opera através de trocas dinâmicas. Nada é estático. Por exemplo, seu corpo está em intercâmbio dinâmico e constante com o corpo do universo. Sua mente está interagindo constantemente com a mente do cosmos. Sua energia é a expressão da energia cósmica.
O fluxo da vida nada mais é do que a interação harmoniosa de todos os elementos e de todas as forças que estruturam o campo da existência. Esta interação harmoniosa opera pela lei da doação. Como o seu corpo, sua mente e o universo estão em interação constante e dinâmica, qualquer interrupção nessa circulação de energia significa o mesmo que cessar o fluxo do sangue. Se o sangue pára de fluir, começa a coagular, estagnar. Por isso, você tem a necessidade de dar e receber. Essa troca é que mantém a sua saúde e a afluência – do que for – circulando em sua vida.
A palavra afluência vem do verbo “afluir”, que significa “correr para”, “convergir”. A palavra afluência tem o sentido de “corrente abundante”, “fartura”, “abundância de dinheiro”. O dinheiro é, na verdade, um símbolo da energia vital que trocamos e da energia vital que utilizamos como conseqüência dos serviços que prestamos ao universo. Dinheiro também é chamado de “moeda corrente”, expressão que reflete o fluxo natural de energia. Corrente vem da palavra “currere”, que significa “correr”, “fluir”.
Portanto, se interrompemos a circulação de dinheiro – se a nossa única intenção é segurar dinheiro e acumulá-lo – interrompemos, também, sua circulação em nossa vida, uma vez que ele é energia vital. Para que essa energia continue voltando para nós, temos que mantê-la circulando. Como as águas de um rio, o dinheiro tem de fluir para não estagnar, para não sufocar a força vital. A circulação o mantém saudável e energizado.
Da mesma forma, todo relacionamento depende de dar e receber. Dar engendra receber, receber engendra dar. O que sobe tem de descer. O que sai tem de voltar. Na realidade, receber é o mesmo que dar, porque dar e receber são aspectos diferentes do fluxo de energia universal. Sae você interrompe o fluxo de um ou de outro, interfere na inteligência da natureza.
Toda semente traz em si a promessa de muitas florestas. Mas, a semente não pode ser guardada. Ela precisa doar sua intrínseca capacidade de gerar ao solo fértil. Ao doar-se, seus fluxos vitais invisíveis manifestam-se materialmente.
Assim, quanto mais você dá, mais recebe, porque mantém a abundância do universo circulando na sua vida. De fato, tudo o que há de valioso na vida, só se multiplica quando é dado. Aquilo que não se multiplica pela doação não tem valor, nem compensa ser recebido. Se, no ato de dar, você acha que está perdendo alguma coisa, aquele presente não foi realmente dado, portanto, não acrescentou nada. Se você dá de má vontade, não há energia por trás do seu ato.
O mais importante é a intenção que há por trás de dar e receber. A intenção deve ser a de provocar sempre alegria em quem dá e em quem recebe, porque a felicidade é sustentadora e provedora de vida. Por isso, ela acrescenta. O retorno é diretamente proporcional ao volume dado, quando é feito de forma incondicional e sincera. É por esse motivo que o ato de dar tem de ser prazeroso. A intenção por trás deste ato deve ser a do prazer de simplesmente dar. Só então, a energia acumulada no ato de dar multiplica-se muitas vezes.
Praticar a lei da doação é muito simples. Se você quer alegria, dê alegria aos outros. Se você deseja amor, aprenda a dar amor. Se procura atenção e apreço, aprenda a dar atenção e apreço. Se quer bens materiais, ajude aos outros a se tornarem ricos. A maneira mais fácil de obter o que se quer é ajudar os outros a conseguir o que querem. Este princípio se aplica igualmente a pessoas, empresas, sociedades e países. Se você almeja ser abençoado com todas as coisas boas da vida, aprenda a abençoar silenciosamente a todos com as coisas boas da vida.
A mera idéia de dar, de abençoar, de oferecer uma simples oração, tem o poder de afetar a vida dos outros. Isso acontece porque seu corpo, em seu estado essencial, é um feixe de energia localizada e de informação num universo de energia e informação. Somos feixes de consciência localizada num universo consciente. A palavra “consciência” implica mais do que energia e informação – implica em energia e informação tão vivas quanto o pensamento. Por isso, somos feixes de pensamentos num universo pensante. E, o pensamento tem o poder transformar.
A vida é a eterna dança da consciência expressando-se na troca dinâmica de impulsos inteligentes entre o micro e o macrocosmos, entre o corpo humano e o corpo universal, entre a mente humana e a mente cósmica.
Quando você sabe dar aquilo que procura, está ativando e coreografando a dança com movimentos primorosos, energéticos e vitais, que constituem a eterna pulsação da vida.
A melhor maneira de aplicar a lei de aplicar a lei da doação – de começar o processo de circulação de energia – é decidir que a qualquer momento você vai entrar em contato com outra pessoa, dando a ela alguma coisa. Não é preciso que sejam coisas materiais. Pode ser uma flor, um elogio, uma oração. Na verdade, as formas mais poderosas de dar são imateriais. As dádivas de carinho, atenção, afeto, apreço, amor são as mais preciosas e não custam nada. Quando você encontrar alguém, ofereça-lhe uma benção silenciosa, deseje felicidade, contentamento, alegrias. Esses presentes silenciosos são poderosos.
Uma coisa que aprendi na infância, e que também ensinei aos meus filhos, é não deixar de levar alguma coisa – levar um presente – quando visitar alguém. Você pode pensar: “como posso dar aos outros se agora não tenho nem para mim ?” Na verdade, você poderá levar uma flor. Uma flor. Poderá levar um bilhete, um cartão, falando de seus sentimentos pelo dono da casa. Poderá levar um elogio. Poderá levar uma oração.
O importante é tomar a decisão de dar sempre, em todo lugar e a quem for. Enquanto você dá, está recebendo. Quanto mais dá, mais cresce a sua confiança nos efeitos milagrosos desta lei. E, quanto mais você recebe, mais cresce a sua capacidade de dar.
Nossa verdadeira natureza é a da riqueza e abundância. Somos naturalmente ricos porque a natureza supre todas as nossas necessidades e sustenta todos os nossos desejos. Nada nos falta, porque nossa natureza essencial é a da potencialidade pura e das possibilidades infinitas. Portanto, você precisa saber que já é inerentemente rico. Pouco importa quanto dinheiro tenha, porque a fonte da riqueza é o campo da potencialidade pura – é a consciência que sabe como satisfazer qualquer necessidade, incluindo alegria, o amor, o riso, a paz, a harmonia, o conhecimento. Se você busca antes essas coisas – não só para si mesmo, mas para os outros – tudo mais virá espontaneamente.
APLICAÇÃO DA LEI DA POTENCIALIDADE PURA
Você pode colocar a lei da doação em movimento assumindo o compromisso de dar os seguintes passos:
1) Dar um presente em todo lugar que for, a todos que encontrar. Esse presente poderá ser um cumprimento, uma flor, uma oração. Oferecer, diariamente, alguma coisa a todas as pessoas com as quais entrar em contanto. Estará , assim, desencadeando o processo de circulação de energia – de alegria, de riquezas, de abundância – na sua vida e na de outras pessoas.
2) Receber agradecido, diariamente, todas as dádivas que a vida oferece: a luz do sol, o canto dos pássaros, as flores, a neve do inverno. E, estar aberto para receber dos outros, seja um presente material, seja dinheiro, seja um cumprimento, seja uma oração.
3) Assumir o compromisso de manter a riqueza circulando na sua vida, dando e recebendo os mais preciosos presentes: carinho, afeição, apreço, amor. Desejar, em silêncio, felicidade e muita alegria toda vez que encontrar alguém.
Lei N° 3
A lei do carma, ou de causa e efeito
Toda ação gera uma força energética que retorna a nós da mesma forma. O que semeamos é o que colhemos.
E, quando escolhemos ações que levam felicidade e sucesso aos outros, o fruto do nosso carma é a felicidade e o sucesso, também.
Carma é a eterna afirmação da liberdade humana... Nossos pensamentos, nossas palavras, nossos atos, são fios de uma rede que tecemos ao redor de nós mesmos.
Swami Vivekananda
A terceira lei espiritual do sucesso é a lei do carma. A palavra carma significa o conjunto das ações dos homens e suas conseqüências. É a causa e efeito simultaneamente, porque toda ação gera uma força energética que retorna para nós da mesma forma.
É bem conhecido o ditado: “Você colhe aquilo que semeia” . Portanto, não há nada de misterioso na lei do carma. Obviamente, se desejamos felicidade, precisamos aprender a semear felicidade. Carma implica, então, em escolha e ação conscientes.
Tanto você quanto eu somos escolhedores infinitos. Em nossa vida, a todo momento, entramos no campo de todas as possibilidades, onde temos acesso a uma infinidade de escolhas. Algumas dessas escolhas são feitas conscientemente. Outras, não. Portanto, a melhor maneira de entender e utilizar ao máximo a lei do carma é estar conscientemente alerta para as escolhas que fazemos a todo momento.
Quer você goste ou não, tudo o que está acontecendo neste momento é o resultado de escolhas feitas no passado (uma vez que o carma define o nosso destino). Infelizmente, muitos fazem escolhas inconscientes e, por isso, acham que não são escolhas. Mas, são !
Se eu o insulto, é provável que você escolha se ofender. Se eu lhe faço um cumprimento, é provável que você escolha sentir-se grato e envaidecido. Pense bem: É sempre uma escolha.
Eu posso insulta-lo e ofende-lo e você escolher não se ofender. Da mesma maneira, posso lhe fazer um cumprimento e você escolher não se sentir envaidecido.
Em outras palavras, toda pessoa constitui – mesmo sendo um escolhedor infinito – um feixe de reflexos condicionados. Eles são disparados, constantemente, por circunstâncias e por pessoas, resultando em comportamentos previsíveis. Esses reflexos condicionados são iguais são iguais ao condicionamento pavloviano. Pavlov é conhecido por demonstrar que um cão, ao receber comida sempre que se fizer soar uma campainha, começará a salivar sempre que ouvir a campainha. Ou seja, o animal desenvolve um reflexo condicionado, ao associar um estímulo (comida) ao outro (som da campainha).
Também nós, devido ao condicionamento, temos respostas repetitivas e previsíveis aos estímulos do ambiente. Nossas reações parecem ser disparadas automaticamente por pessoas e por circunstâncias. No entanto, esquecemos um fato: Essas reações são ,também, escolhas que fazemos a todo momento. Simplesmente, estamos escolhendo inconscientemente.
Se você parar um pouco e começar a observar suas escolhas no momento em que elas ocorrem, mudará esse aspecto de inconsciência. O simples ato de observá-las transfere todo o processo do terreno do inconsciente para o terreno do consciente. Esse procedimento – escolher e observar conscientemente – é muito enriquecedor.
Quando você faz uma escolha – qualquer uma – pergunte-se duas coisas: Primeira, “Quais serão as conseqüências da escolha que estou fazendo ?”; Segunda, “Essa escolha trará felicidade a mim e aos outros ao meu redor ?” A resposta à primeira questão você sentirá no seu coração e saberá imediatamente quais serão as conseqüências. Quanto à segunda questão, se a resposta for sim, então persista nessa escolha. Se for não, escolha outra coisa. É bem simples, mesmo !
Entre a infinidade de escolhas disponíveis a cada segundo, só existe uma que trará felicidade a você e aos que estiverem perto. E, quando você faz essa escolha, ela resulta numa forma de comportamento chamada de ação correta espontânea. A ação correta espontânea é o momento certo. É a resposta certa para uma situação, no instante em que é dada. É a ação que nutre você e todos os que forem influenciados por ela.
Há um mecanismo muito interessante no universo para ajudar a fazer escolhas espontâneas corretas. Esse mecanismo relaciona-se com as sensações físicas. Nosso corpo conhece dois tipos de sensações: Uma é a do conforto; a outra é do desconforto. Imediatamente antes de fazer uma escolha consciente, observe seu corpo enquanto faz a pergunta: “Se eu escolher isso, o que acontecerá ?”. Se o seu corpo enviar uma mensagem de conforto, é a escolha certa. Se o seu corpo enviar uma mensagem de desconforto, a escolha não é a adequada.
Para alguns, a mensagem de conforto e desconforto se dá na região do plexo solar (2 a 3 cm abaixo do umbigo). Para a maioria, no entanto, se manifesta na área do coração. Conscientemente, preste atenção nessa área do coração e pergunte a ele o que fazer. Depois espere pela resposta – uma resposta física, na forma de sensação, mesmo que seja muito leve. O importante é que está lá, em seu corpo.
Somente o coração conhece a resposta certa. Muita gente acha que o coração é piegas e sentimental. Não é. O coração é intuitivo. É holístico. É contextual. É relacional. Não se orienta por perdas e ganhos. Ele está conectado ao computador cósmico, ao campo da potencialidade pura, do conhecimento puro e do poder da organização infinita, que leva tudo em conta. Às vezes, pode até parecer irracional, mas o coração tem uma capacidade mais acurada e muito mais precisa de processar dados do que qualquer outra coisa que exista nos limites do pensamento racional.
Você poder usar a lei do carma para gerar dinheiro e abundância e atrair para si o fluxo de todas as coisas boas, no momento que quiser. Mas, antes, precisa estar consciente lúcido de que o seu futuro é resultado das escolhas que faz a todo momento da sua vida. Se fizer isso regularmente, estará fazendo pleno uso da lei do carma. Quanto mais escolhas você fizer no nível da percepção consciente, mais corretas e espontâneas serão as escolhas – tanto para si, quanto para os que estão ao seu redor.
E o carma passado ? Como ele influencia você agora ? Há três coisas que poder ser feitas em relação a isto. Uma é pagar os seus débitos do carma passado. É o que a maioria das pessoas escolhe fazer, embora inconscientemente. Isto também é uma escolha. Às vezes, há muito sofrimento envolvido no pagamento desses débitos, mas a lei do carma é bem clara: diz que nada do que se deve ao universo fica sem pagar. Há um perfeito sistema de acerto de contas nesse universo, uma constante troca de energia “de” e “para” .
A segunda coisa que você pode fazer é transmutar, ou transformar, o seu carma numa experiência mais agradável. Esse é um processo muito interessante. Você pode se perguntar, quando está pagando um débito: “O que eu estou aprendendo com essa experiência ? Por que isto está acontecendo ? Qual é a mensagem que o universo está me transmitindo ? Como posso tornar útil esta experiência para os meus semelhantes ?”
Ao fazer isto, você enxerga a semente da oportunidade e ata essa semente ao seu darma, que é o seu propósito de vida e do qual falaremos na sétima lei espiritual do sucesso. Isso lhe permitirá transmutar o carma numa nova expressão.
Por exemplo, se você quebrar a perna jogando bola, pergunte-se: “O que esta experiência está me ensinando, que mensagem o universo está me ensinando, que mensagem o universo está me enviando ?” Talvez seja a mensagem de que você precisa diminuir o ritmo e ter mais cuidado e atenção com o seu corpo da próxima vez. E, se o seu darma for transmitir aos outros o que sabe, então, ao se perguntar, “como eu posso tornar mais útil aos meus semelhantes ?”, talvez você decida compartilhar o que aprendeu escrevendo um livro, ou jogando bola com mais cuidado. Talvez até desenhe um sapato especial, ou um protetor de perna, que evite esse tipo de ferimento a outras pessoas.
Dessa forma, enquanto paga o seu débito com o carma do passado, você está convertendo adversidade num benefício que poderá lhe trazer riquezas e satisfações. É a transmutação do seu carma numa experiência positiva. Você não se livra realmente do carma, mas consegue usar um episódio a ele para criar um carma novo e positivo.
A terceira maneira de lidar com o carma é transcendê-lo. Ou seja, é entrar em contato com o seu íntimo, com a alma, com o espírito. É como lavar roupa suja no riacho. A cada vez que você mergulha a roupa na água, elimina algumas manchas. Continua mergulhando e a roupa vai ficando cada vez mais limpa. Você limpa, ou transcende os obstáculo do seu carma, entrando e saindo do seu EU profundo, do seu íntimo. Isso é feito através da meditação.
Todas as nossas ações são episódios ligados ao cama. Beber uma xícara de café, por exemplo, é um deles. A ação gera memória, a memória tem a capacidade ou o potencial de gerar desejo, e o desejo gera novamente a ação. Os processadores operacionais da sua alma são o carma, a memória e o desejo. A alma é um feixe de consciência que contém as sementes do carma, da memória e do desejo. Tornando-se consciente dessas sementes, você passa a ser um gerador consciente da realidade. Ao se transformar em um escolhedor consciente, você passa a gerar ações transformadoras para si e para os que estão ao seu redor. E, é só isso que precisa fazer.
E, como o carma é transformador – tanto para o seu íntimo quanto para todos os que são afetados por ele – seu fruto será a felicidade e o sucesso.
APLICAÇÃO DA LEI DA POTENCIALIDADE PURA
Você pode colocar a lei do carma ou de causa e efeito em ação assumindo o compromisso de dar os seguintes passos:
1) Observar as escolhas que vai fazer hoje a todo momento. E, na observação dessas escolhas, trazê-las para a percepção consciente. Ter bem claro que a melhor maneira de se preparar para todos os momentos do futuro é estar plenamente consciente do presente.
2) Toda vez que for fazer uma escolha, pergunte: “Quais serão as conseqüências desta escolha ?”; “Esta escolha trará satisfação e felicidade a mim e aos outros que serão afetados por ela ?”
3) Pedir então, orientação ao coração e seguir a mensagem enviada por ele, de conforto ou de desconforto. Se a escolha for de conforto, entregar-se totalmente a ela. Se a escolha for de desconforto, parar para ver as conseqüências daquele ato com a sua visão interior. Essa orientação permitirá fazer escolhas corretas espontâneas tanto para você quanto para os que o circundam.
Lei N° 4
A lei do mínimo esforço
A inteligência da natureza opera pela lei do mínimo esforço... Sem ansiedade, com harmonia e amor.
E, quando utilizamos as forças da harmonia, da alegria, do amor, atraímos sucesso e boa sorte facilmente.
O ser integral conhece sem ir, vê sem olhar e realiza sem fazer.
(Lao Tzu)
A quarta lei espiritual do sucesso é a lei do mínimo esforço. Esta lei se fundamenta no fato de que a inteligência da natureza funciona com tranqüila facilidade e sem nenhuma ansiedade. Este é o princípio da mínima ação, da não resistência. É, portanto, o princípio da harmonia e do amor. Quando aprendemos esta lição da natureza, conseguimos realizar facilmente nossos desejos.
Se você observar a natureza, verá que ela dispende o mínimo de esforço em seu funcionamento. A grama não se esforça para crescer, apenas cresce. O peixe não tenta nadar, apenas nada. As flores não se esforçam para abrir, simplesmente desabrocham. Os pássaros não tentam voar, apenas voam. Essa é a sua natureza intrínseca. A Terra não se esforça para girar sobre o seu eixo. É próprio da sua natureza girar a uma velocidade estonteante e rolar pelo espaço. É da natureza dos bebês o estado de graça. É da natureza do Sol brilhar. É da natureza das estrelas piscar e reluzir. E, é da natureza humana materializar seus sonhos, facilmente, sem nenhum esforço.
No Veda – conjunto de textos sagrados que constituem o fundamento da tradição religiosa e filosófica da Índia – esse princípio é conhecido como o princípio da economia de esforço, ou do “faça menos e realize mais”. Você atinge um estado em que não faz nada e realiza tudo. Isso significa que basta existir a mais leve idéia para que a manifestação dessa idéia aconteça sem nenhum esforço. O que é comumente chamado de “milagre” é, na verdade, uma expressão da lei do mínimo esforço.
A inteligência da natureza funciona sem nenhum esforço ou atrito, espontaneamente. Ela não é linear. É intuitiva; é holística; é alimentadora. E, se você está em harmonia com a natureza, se está assentado no conhecimento do seu verdadeiro EU, pode fazer uso da lei do mínimo esforço.
O mínimo esforço é dispendido quando as suas ações são motivadas pelo amor, porque a natureza se mantém unida pela energia do amor. Quando você busca o poder e o controle sobre as pessoas, está desperdiçando energia. Quando busca o dinheiro e o poder movido pelo egoísmo, desperdiça energia perseguindo uma ilusão de felicidade, em vez de desfrutar a felicidade naquele momento. Quando busca dinheiro somente para uso próprio, interrompe o fluxo de energia em direção a si mesmo e interfere na manifestação da inteligência da natureza. Mas, quando os seus atos são motivados pelo amor, não há perda de energia. Ao contrário, a sua energia de multiplica e acumula. A energia extra que você consegue juntar e desfrutar poderá ser canalizada para qualquer coisa que queira, inclusive para riquezas ilimitadas.
Você pode imaginar o seu corpo como um mecanismo controlador de energia. Ele pode gerar, armazenar e utilizar energia. Se você sabe como gerar, armazenar e utilizar energia de maneira eficiente, pode criar riquezas em quantidade. Mas , quando a sua atenção se volta para o ego, é ele quem vai consumir a maior quantidade de energia. Se o seu ponto de referência interno for o ego, se você buscar poder e controle sobre outras pessoas, ou aprovação dos outros, vai desperdiçar muita energia.
Se essa mesma energia foi liberada, ela será recanalizada e utilizada para criar coisas que você queira. Quando o seu ponto de referência interno é o seu espírito, quando você é imune ao criticismo e não teme nenhum desafio, pode dominar o poder do amor e usar a energia criativamente para a experiência da riqueza e da evolução.
Em “A Arte de Sonhar”, Don Juan diz a Carlos Castañeda:”...muito da nossa energia é usado para sustentar a nossa empáfia... Se conseguíssemos perder um pouco dessa empáfia, duas coisas extraordinárias aconteceriam: Liberaríamos essa energia que tenta preservar a noção ilusória de nossa grandeza e teríamos energia sobrando para vislumbrar a verdadeira grandeza do universo.”
A lei do mínimo esforço possui três componentes básicos, três coisas que você pode fazer para pôr em prática o princípio do “faça pouco e realize muito”. O primeiro componente é a aceitação. Aceitar significa simplesmente assumir o compromisso de aceitar pessoas, situações, circunstâncias e fatos, da maneira como se apresentam. Isto significa entender que este momento é como deve ser, porque todo o universo é como deve ser. Este momento – o que você está vivendo exatamente agora – é o ápice de todos os que você experimentou no passado. Este momento é assim porque todo o universo é assim.
Quando você luta contra este momento, está lutando contra o universo. Em vez disso, você pode por exemplo, hoje, tomar a decisão de não lutar contra o universo, parando de lutar contra este momento. Isto significa aceitar total e completamente este momento, aceitar as coisas como elas são e não como gostaria que fossem. Isto é importante entender. Você pode querer que as coisas sejam diferentes no futuro. Mas, neste momento, tem de aceita-las como são.
Quando você estiver decepcionado ou aborrecido com uma pessoa ou com uma situação, lembre-se de que não está reagindo à pessoa ou à situação, mas sim aos seus sentimentos pela pessoa ou pela situação. Esses sentimentos são seus e o que você está sentindo não é culpa de mais ninguém. Quando você reconhecer e compreender isso completamente, estará pronto para assumir a responsabilidade pelo que está sentindo e mudar o que sente. E, quando conseguir aceitar as coisas como são, estará pronto para assumir a responsabilidade pela situação em que se encontra e por tudo o que considera problemático.
Isso nos leva ao segundo componente da lei do mínimo esforço: A responsabilidade. O que significa responsabilidade ? Responsabilidade é não ficar culpando alguém, ou alguma coisa, pela situação, muito menos a si mesmo. Aceitando a circunstância, o fato, o problema como se apresenta no momento a responsabilidade passa a ser a capacidade de ter uma resposta criativa para aquela situação como ela se apresenta no momento. Todos os problemas contêm em si as sementes da oportunidade. A consciência disso permite a transformar esse momento numa situação ou numa coisa melhor.
Quando você faz isso, todas as situações inoportunas conterão em si uma oportunidade para a criação de algo novo e belo. Todas as pessoas consideradas chatas se transformarão em seus mestres. A realidade é uma interpretação. Se você escolher interpretar a realidade por esse novo ângulo, terá muitos mestres à sua volta e muitas oportunidades para evoluir.
Sempre que se confrontar com um tirano, com um atormentador, com um conselheiro, com um amigo, ou um inimigo (todos eles são a mesma coisa) deve lembrar que aquele momento “é como deve ser”. Todos os relacionamentos que você atrai na vida, em determinados momentos, são exatamente os que você precisa naqueles momentos. Há um significado oculto por trás de todos os fatos. Este significado oculto está a serviço da sua própria evolução.
O terceiro componente da lei do mínimo esforço é a indefensibilidade, que significa assentar a sua percepção na indefensibilidade, ou seja, desarmar o seu espírito, abrir mão da necessidade de convencer e persuadir os outros dos seus pontos de vista. Se você observar as pessoas, verá que elas passam noventa e nove por cento do tempo defendendo os seus pontos de vista. Se você simplesmente desistir da necessidade de defendê-los sempre, ganhará na desistência, acesso a imensas quantidades de energia anteriormente desperdiçadas.
Quando você passa o tempo defendendo as suas posições, culpando os outros, e não aceitando render-se ao momento determinado, a sua vida se transformará num embate de resistências. E, toda vez que encontrar resistência, se tentar forçar a situação, a resistência só aumentará. Certamente você não pretende ser rígido como o carvalho oco que tomba na tempestade. Vai preferir, com certeza, ser flexível como um bambu, que se curva sob a tempestade e sobrevive.
Desista de uma vez por todas de defender intransigentemente os seus pontos de vista. Quando você desiste, evita o surgimento de discussões.. Se agir dessa forma – parar de brigar e de resistir – experimentará plenamente o momento presente, que é uma dádiva.
Certa vez alguém me disse: “O passado é história, o futuro é mistério, o presente é uma dádiva; é por isso que este momento chame presente”.
Se você abraçar o presente, unir-se a ele, fundir-se nele, experimentará o fogo, o brilho, a centelha de êxtase que pulsa em todos os seres sensíveis. Quando você começar a experimentar a exultação do espírito em todas as coisas vivas e à medida que for adquirindo maior intimidade com isso, sentirá o despertar de uma grande alegria interior e abandonará os terríveis fardos e empecilhos da defesa intransigente, do ressentimento e do sofrimento. Só então de sentirá leve, alegre, livre.
Alegre e livre, você sentirá no seu coração, sem a menor sombra de dúvida, que todos os seus sonhos estarão sempre disponíveis, porque os seus desejos vêm da felicidade e não da ansiedade, ou do medo. Não é preciso se justificar. Simplesmente declare a si mesmo a intenção de experimentar satisfação, prazer, alegria, liberdade, autonomia em todos os momentos da sua vida.
Assuma o compromisso de seguir o caminho da não resistência. É o caminho no qual a inteligência da natureza se abre espontaneamente, sem atrito, sem esforço. Quando você reunir a refinada combinação de aceitação, responsabilidade, indefensibilidade, sentirá a vida fluindo com tranqüila facilidade.
E, se você permanecer aberto a todos os pontos de vista – sem se prender rigidamente a nenhum deles – seus sonhos e desejos fluirão com os desejos da natureza. Então você poderá liberar as suas intenções, sem se prender a elas, e esperar pelo momento apropriado para que os seus desejos desabrochem e se transformem em realidade. Pode estar certo de que, na hora certa eles se manifestarão. Esta é lei do mínimo esforço.
APLICAÇÃO DA LEI DO MÍNIMO ESFORÇO
Você pode colocar a lei da potencialidade pura em ação assumindo o compromisso de dar os seguintes passos:
1) Praticar a aceitação, dizendo: “Hoje aceitarei pessoas, situações, circunstâncias, fatos, como eles se manifestarem”. Saber que o momento é como deve ser, porque todo o universo é assim. Não se voltar contra todo o universo, lutando contra o momento presente. Dizer a si mesmo: “Minha aceitação será total e completa; verei as coisas como são no momento em que ocorrerem e não como eu gostaria que fossem”.
2) Aceitando as coisas como são, assumir a responsabilidade pela sua situação e por todos os fatos que considerar problemáticos. Ter bem claro que assumir a responsabilidade é não culpar alguém, ou alguma coisa, pela sua situação. Saber, também, que todo problema traz em si uma oportunidade e que a consciência das oportunidades vai permitir olhar para o momento problemático e transformá-lo em imenso benefício.
3) Assentar a sua percepção, hoje, na indefensibilidade. Desistir da necessidade de defender os seus pontos de vista e de convencer e persuadir os outros a aceitá-los. Permanecer aberto a todos os pontos de vista e não se prender a nenhum deles.
Lei N° 5
A lei da intenção e do desejo
É inerente a toda intenção e a todo desejo, o mecanismo da sua realização... a intenção e o desejo têm, no campo da potencialidade pura, o poder da organização infinita.
E quando introduzimos uma intenção no campo fértil da potencialidade pura, colocamos essa infinita organização ao nosso serviço.
No princípio havia o desejo, a primeira semente da mente. Os sábios, meditando em silêncio, descobriram na sua sabedoria a ligação entre o existente e o não existente.
Hino da Criação, do Rig Veda.
A quinta lei espiritual do sucesso é a lei da intenção e do desejo. Essa lei fundamenta-se no fato de que a energia e a informação existem em toda parte na natureza. De fato, no nível do campo quântico, tudo é energia e informação. Campo quântico é apenas outro nome do campo da consciência pura. E, esse campo quântico é influenciado pela intenção e pelo desejo. Vamos examinar o processo detalhadamente.
Uma flor, uma árvore, uma folha, o corpo humano, o arco-íris, quando reduzidos aos seus componentes essenciais, são energia e informação. Todo o universo, na sua natureza essencial, é movimento da energia e da informação. A única diferença entre você e uma árvore é o conteúdo de energia e informação que carregam.
Tanto você, quanto a árvore, a nível físico, são feitos dos mesmos elementos: Na sua maior parte, carbono e também hidrogênio, nitrogênio e outros elementos em quantidades menores. Esses elementos podem ser comprados numa loja por pequenas quantias de dinheiro. A diferença entre você e a árvore, portanto, não é o carbono, o hidrogênio, o oxigênio. Na verdade, você e a árvore estão constantemente trocando carbono e hidrogênio entre si. A diferença real entre ambos está na energia e na informação.
No âmbito da natureza, você e eu somos espécies privilegiadas. Temos um sistema nervoso capaz de nos tornar conscientes do conteúdo energético e informativo desse campo localizado, que dá origem ao nosso corpo físico. Nós experimentamos esse campo subjetivamente na forma de pensamentos, sentimentos, emoções, memórias, instintos, impulsos, princípios. Objetivamente, o mesmo campo é experimentado como corpo físico e, através do corpo físico, como mundo. Mas, é tudo a mesma coisa. Por isso, os nossos ancestrais exclamavam: “Eu sou isto, você é isto, tudo é isto, e isto é só o que há”.
O seu corpo não está separado do corpo do universo porque, segundo a teoria quântica, não há limites bem definidos. Você é uma agitação, uma ondulação, uma flutuação, um redemoinho, uma perturbação localizada no campo quântico maior. O grande campo quântico – o universo – é o seu corpo estendido.
O sistema nervoso humano é capaz de perceber a energia e a informação contidas no seu próprio campo quântico. E mais, por ser a consciência humana infinitamente flexível através do seu maravilhoso sistema nervoso, você também é capaz de mudar conscientemente o conteúdo informativo, que dá origem ao seu corpo físico. Você pode mudar conscientemente o conteúdo energético e informativo no próprio quantum do corpo mecânico, portanto, pode influenciar o conteúdo energético e informativo do seu corpo estendido – o ambiente ao seu redor, o mundo – e fazer com que as coisas se manifestem nele.
A mudança consciente acontece através de suas qualidades inerentes à consciência: A atenção e a intenção. A atenção energiza; a intenção transforma. Quando você concentra a sua atenção em alguma coisa, ela fica mais forte na sua vida. Quando você afasta a atenção de alguma coisa, ela enfraquece, desintegra e desaparece. A intenção, por sua vez, detona a transformação da energia e da informação. A intenção organiza a sua realização.
A qualidade da intenção no objeto da atenção rege uma infinidade de acontecimentos no tempo-espaço de modo a alcançar o resultado pretendido, desde que a pessoa siga as outras leis espirituais do sucesso. Tudo isso porque a intenção no terreno fértil da atenção, tem poder de organização infinita. Este poder significa a capacidade de organizar uma infinidade de eventos no tempo-espaço, todos ao mesmo tempo. Vemos a expressão dessa infinita organização em cada folha de grama, em cada botão de flor, em cada célula do nosso corpo. Nós a vemos em todas as coisas vivas.
No campo da natureza, tudo se correlaciona e se interliga. Vemos a marmota sair da terra e sabemos que ela vai saltar. Em determinada época do ano, vemos os pássaros migrar numa certa direção. A natureza é uma sinfonia, e essa sinfonia está sendo silenciosamente regida no terreno supremo da criação.
O corpo humano é outro bom exemplo dessa sinfonia. Uma única célula do corpo humano faz cerca de seis milhões de coisas por segundo, e ainda sabe o que todas as outras células estão fazendo, ao mesmo tempo. O corpo humano pode tocar música, matar germes, fazer filhos, recitar poesia, monitorar o movimento das estrelas, tudo ao mesmo tempo, porque o campo das correlações infinitas faz parte do seu campo informativo.
O notável em relação ao sistema nervoso do ser humano é que ele pode comandar esse poder de organização infinita através da intenção consciente. A intenção, na espécie humana, não é fixa, nem está presa numa teia rígida de energia e informação. Tem flexibilidade infinita. Em outras palavras, desde que você não viole nenhuma das leis da natureza, poderá, através da sua intenção, literalmente, comandar as leis da natureza para realizar os seus sonhos e desejos.
Podemos fazer com que o computador cósmico, com o seu poder de organização infinita, trabalhe para nós. Podemos entrar no supremo terreno da criação e introduzir uma intenção. Ao fazer isso, ativamos o campo das correlações infinitas.
A intenção lança as bases para o fluxo tranqüilo, espontâneo e natural da potencialidade pura, que busca expressar-se do não manifesto no manifesto. A única exigência é que você use a sua intenção em benefício do ser humano. Isso acontece espontaneamente quando você está em alinhamento com as sete leis espirituais do sucesso.
A intenção é o poder que move o desejo. A intenção por si só é muito poderosa, porque é o desejo desvinculado do resultado. O desejo sozinho é fraco, porque na maioria das pessoas é atenção vinculada. A intenção é o desejo com estrita aderência a todas as outras leis, mas particularmente à lei do distanciamento, que é a sexta lei espiritual do sucesso.
A intenção e o distanciamento combinados levam à consciência do momento presente centrado na vida. E, quando uma ação acontece com a consciência do momento presente, ela é mais eficiente. Sua intenção é para o futuro, mas a sua atenção está no presente. Se a sua atenção está no presente, a intenção futura se manifestará, pois o futuro é criado no presente. Você tem de aceitar o presente como ele é. Aceite o presente e pretenda o futuro. O futuro é algo que sempre pode ser criado através da intenção distanciada, mas nunca se deve combater o presente.
O passado, o presente e o futuro são propriedades da consciência. O passado representas as recordações, a memória. O futuro é a antecipação. O presente é consciência. Portanto, o tempo é movimento do pensamento. Tanto passado quanto futuro são frutos da imaginação. Somente o presente é consciência, é real, é eterno. Ele é. É o potencial do tempo-espaço, da matéria, da energia. É o eterno campo das possibilidades experimentando-se como forças abstratas, sejam elas de luz, calor, eletricidade, magnetismo ou gravidade. Essas forças não estão nem no passado e nem no futuro. Elas simplesmente existem.
Nossa interpretação dessas forças abstratas permite a experiência do fenômeno concreto e da forma. Relembrar interpretações das forças abstratas produz a experiência do passado. Interpretações antecipatórias dessas mesmas forças criam o futuro. Tanto uma, quanto a outra são qualidades da atenção da consciência. Quando essas qualidades estão livres dos pesos do passado, a ação no presente torna-se um terreno muito fértil para a criação do futuro.
A intenção assentada na liberdade, distanciada do presente, serve de catalisador a uma mistura certa de matéria, energia, eventos no tempo-espaço para criar tudo o que você quiser.
Se você tiver consciência do momento presente centrado na vida, os obstáculos imaginários – que são mais de noventa por cento dos obstáculos percebidos – desintegram-se e desaparecem. Os restantes cinco a dez por cento dos obstáculos percebidos podem ser transmutados em oportunidades, através da intenção unidirecionada.
Intenção unidirecionada é a qualidade da atenção. Ela é inflexível nos seus rígidos propósitos. Intenção unidirecionada é manter a atenção num objetivo almejado com tanta determinação, capaz de impedir que os obstáculos consumam e dissipem a qualidade focalizada da sua atenção. Os obstáculos são assim, completamente excluídos da sua consciência. Você passa, então, a manter uma serenidade inabalável ao mesmo tempo em que está apaixonadamente comprometido com o seu objetivo. Esse é o poder da consciência distanciada e da intenção unidirecionada e focalizada, atuando simultaneamente.
Se aprender usar o poder da intenção, você poderá obter qualquer coisa que deseja, serenamente. Poderá, também, através de enorme esforço e tentativas conseguir resultados. Mas, isso tem um preço: O preço do estresse, do ataque cardíaco, do mau funcionamento do seu sistema imunológico.
É mais fácil, portanto, e melhor, seguir os cinco passos da lei da intenção e do desejo. Quando você opta por essa forma de realizar os seus desejos, a intenção gera o seu próprio poder:
1) Escorregue no espaço vazio, o que significa centrar a sua atenção naquele espaço silencioso, naquele nível do ser que é o seu estado essencial;
2) Assentado nesse estado do ser, libere as suas intenções e os seus desejos. Se você estiver realmente no espaço vazio entre pensamentos, não terá nenhum pensamento, nenhuma intenção. Mas, quando sair desse espaço silencioso – quando estiver no limite desse espaço e do pensamento – introduza a intenção. Se você tem vários objetivos, escreva-os num papel e focalize neles a sua intenção, antes de entrar no espaço vazio. Se quer uma carreira de sucesso, por exemplo, entre no espaço vazio com essa intenção e já a encontrará lá, como uma leve cintilação na sua consciência. Liberar as suas intenções e os seus desejos significa plantá-los no terreno fértil da potencialidade pura e esperar que floresçam na hora certa. Você não vai querer desencavar as sementes dos seus desejos para ver se germinaram, nem ficar preso a elas para saber de que forma vão se abrir;
3) Permaneça num estado de auto-referência. Isso significa reter-se na consciência do verdadeiro Eu – no seu espírito, na sua conexão com o campo da potencialidade pura. Significa, também, não olhar para si mesmo com os olhos do mundo, ou deixar-se influenciar pelas opiniões e críticas dos outros. Uma maneira útil de conservar esse estado de auto-referência é guardar os seus desejos somente para si. Não os compartilhe com mais ninguém, a menos que o outro tenha o mesmo desejo e o compartilhe intimamente com você;
4) Desvincule-se dos resultados. Ou seja, desista do apego rígido a um resultado específico para viver na sabedoria da incerteza. Desfrute todos os momentos da jornada da sua vida, mesmo sem saber os resultados;
5) Deixe que o universo cuide dos detalhes. Suas intenções e os seus desejos, quando liberados no espaço silencioso entre os pensamentos têm um poder de organização infinita. Deixe que esse poder de organização infinita da intenção cuide de todos os detalhes para você.
Lembre-se de que a sua verdadeira natureza é a do espírito puro. Leve sempre consigo a consciência do espírito, libere gentilmente os seus desejos e o universo cuidará de tudo para você.
APLICAÇÃO DA LEI DA INTENÇÃO E DO DESEJO
Você pode colocar a lei da intenção e do desejo em ação assumindo o compromisso de dar os seguintes passos:
1) Fazer uma lista de todos os seus desejos. Carregar essa lista para todos os lugares. Olhar para ela antes de entrar em silêncio e meditação. Olhar antes de adormecer à noite. Olhar quando acordar pela manhã.
2) Liberar a lista dos seus desejos e a soltar no ventre da criação. Confiar. Se as coisas não saírem como deseja, há uma razão para isso. O plano cósmico com certeza terá desígnios maiores para você do que os que possa conceber.
3) Lembrar de praticar a consciência do momento presente em todas as ações. Não permitir que os obstáculos consumam e dissipem a qualidade da atenção no momento presente. Aceitando o presente como ele é, o futuro se manifestará nas intenções e nos desejos mais caros e profundos.
Lei N° 6
A lei do distanciamento
No distanciamento está a sabedoria da incerteza... na sabedoria da incerteza está a libertação do passado, do conhecido, que é a prisão dos velhos condicionamentos.
E, na mera disponibilidade para o desconhecido, para o campo de todas as possibilidades, rendemo-nos à mente criativa que rege o universo.
Como dois pássaros dourados pousados no mesmo galho, intimamente amigos, o ego e o Eu habitam o mesmo corpo.
O primeiro ingere os frutos doces e azedos da árvore da vida; o segundo tudo vê no seu distanciamento.
Mundaka Upanishad
A sexta lei espiritual do sucesso é a lei do distanciamento. Segundo esta lei, para se conseguir qualquer coisa na natureza é preciso desistir do apego a ela. Isto não significa desistir da intenção de criar um desejo. Abandona, apenas, o apego aos resultados.
É uma atitude muito poderosa. No momento em que você desistir do seu apego aos resultados, misturando simultaneamente, intenção unidirecionada com distanciamento, terá tudo o que deseja. O distanciamento permite alcançar qualquer coisa porque ele se baseia na sua crença inquestionável no poder do seu verdadeiro Eu.
Já o apego está baseado no medo e na insegurança – a necessidade de segurança está fundamentada no desconhecimento do verdadeiro Eu. A fonte de riqueza, de abundância, de qualquer coisa no mundo físico é o Eu. É a consciência que sabe como satisfazer como satisfazer todas as necessidades. O resto é simbólico: Casas, carros, contas bancárias, roupas, aviões. Os símbolos são transitórios; eles vêm e vão. Perseguir símbolos é como instalar-se no campa e não nos territórios. Isto cria ansiedade e acaba levando você a se sentir vazio e oco por dentro, porque está trocando o seu Eu pelos símbolos do Eu.
O apego vem da pobreza de consciência, porque o apego é sempre pelos símbolos. Distanciamento é sinônimo de consciência rica, porque ele oferece a liberdade para criar. O envolvimento com distanciamento cria alegria e felicidade. Dessa forma, os símbolos de riqueza são alcançados espontaneamente, sem nenhum esforço (4ª lei). Sem distanciamento, somos prisioneiros da impotência, da desesperança, das necessidades mundanas, das preocupações triviais, do desespero mudo, da falta de humor – traços distintivos de vida medíocre e de consciência empobrecida.
A verdadeira consciência é a habilidade de ter tudo o que se quer, na hora que se quer, no mínimo esforço. Para viver esta experiência você tem de estar apoiado na sabedoria da incerteza. Na incerteza, você encontrará a liberdade para criar o que quiser.
As pessoas buscam constantemente segurança. Você descobrirá que buscar segurança é, na verdade, uma coisa muito efêmera. Até o apego ao dinheiro é um sinal de insegurança. Você poderia dizer: “Quando eu tiver milhões de dólares, estarei seguro, serei financeiramente independente e poderei me aposentar; aí poderei fazer o que realmente desejo”. Mas isso nunca acontece – nunca acontece.
Aqueles que buscam segurança perseguem-na por toda a vida e nunca encontram. Ele é sempre ilusória, efêmera, porque a segurança nunca pode vir só do dinheiro. O apego ao dinheiro criará sempre insegurança, por mais que você tenha no banco. De fato, as pessoas que têm mais dinheiro são as mais inseguras.
A busca de segurança é uma ilusão. Para a tradicional sabedoria ancestral, a solução para esse dilema está na sabedoria da insegurança, ou na sabedoria da incerteza. Isso quer dizer que a busca da segurança e da certeza é, na verdade, um apego ao desconhecido. E o que é ele, afinal ? O conhecido é o nosso passado. O conhecido nada mais é que a prisão dos velhos condicionamentos. Não há uma evolução nisso – absolutamente nenhuma. E, quando não há evolução, há estagnação, desordem, ruína. (2ª lei)
A incerteza, por sua vez, é um terreno fértil para a criatividade e para a liberdade. Incerteza significa entrar no desconhecido em todos os momentos da nossa existência. O desconhecido é o campo de todas as possibilidades, sempre frescas, sempre novas, sempre abertas para a criação de novas manifestações. Sem a incerteza e o desconhecido, a vida seria apenas uma repetição viciadas de memórias velhas. Você cairia vítima do passado e o seu torturador de hoje é o que sobrou de você ontem.
Renuncie ao seu apego ao conhecido, entre no desconhecido e você estará no campo de todas as possibilidades. A mera disponibilidade de entrar no desconhecido lhe oferecerá a sabedoria da incerteza que há nele. Isto significa que em todos os momentos da vida você terá excitação, aventura, mistério. Experimentará a diversão da vida – a magia, a celebração, o contentamento, a exultação do seu próprio espírito. (Confiança em Deus, desapego a matéria).
Poderá, então, diariamente, procurar a excitação do que acontece no campo de todas as possibilidades. Se você experimentar a incerteza, estará no caminho certo – por isso não desista. Não é preciso ter uma idéia pronta e acabada do que você vai estar fazendo nas próximas semanas, ou no ano que vem, porque se você já sabe o que vai acontecer e se apega a essa idéia, abre mão de toda a gama de possibilidades.
Uma das características do campo de todas as possibilidades são as correlações infinitas. Esse campo consegue reger uma infinidade de eventos no tempo-espaço para conseguir os resultados pretendidos. Mas, quando você está apegado, a sua intenção fica presa num rígido espaço mental. Assim, a fluidez, a criatividade, a espontaneidade inerentes àquele campo se perdem. Quando você se apega a uma idéia pronta, o seu desejo, antes fluido e flexível, fica congelado numa estrutura rígida que interfere em todo o processo de criação.
A lei do distanciamento não interfere na lei da intenção e do desejo no estabelecimento de um objetivo. Você continua com a sua intenção de seguir uma certa direção, ainda tem um objetivo. Entretanto, entre o ponto A e o ponto B há infinitas possibilidades. Graças à incerteza dessas infinitas possibilidades, você poderá mudar de direção no momento que encontrar um ideal maior, que descobrir algo mais excitante. É também improvável que você force a solução de problemas, pois isso irá impedi-lo de estar alerta às oportunidades. A lei do distanciamentoacelera todo o processo de evolução. Quando você entende esta lei, não se sente compelido a forçar soluções. Se você forçar a solução de problemas, só vai criar novos problemas. Mas, se dirige a sua atenção para a incerteza e observa essa incerteza enquanto espera a solução emergir do caos e da confusão, o que aparecer será fabuloso e excitante.
O estado de alerta – a prontidão para o presente, no campo da incerteza – encontra o seu objetivo e a sua intenção, o que permite a você aproveitar a oportunidade. O que é a oportunidade ? Ela está contida em todos os problemas que você tem na vida. Em cada um desses problemas está a oportunidade de um benefício maior. Com essa percepção você se abre para toda a gama de possibilidades – o que preserva o mistério, o encantamento, a excitação, a aventura da vida.
Todo problema pode ser visto como uma oportunidade de benefícios maiores. Fica-se alerta para as oportunidades de benefícios quando se está assentado na sabedoria da incerteza. E quando a prontidão encontra o oportunidade, a solução surge espontaneamente.
O resultado disso é o que se chama comumente de “boa sorte”. Sorte nada mais é que a prontidão e a oportunidade caminhando juntas. Se as duas estiverem misturadas à observação atenta do caos, daí emergirá benéfica para você e para todos os que estiverem ao seu redor. Essa é a perfeita receita do sucesso. Ela está baseada na lei do distanciamento.
APLICAÇÃO DA LEI DO DISTANCIAMENTO
Você pode colocar a lei do distanciamento em ação assumindo o compromisso de dar os seguintes passos:
1) Comprometer-se hoje, com o distanciamento. Das a si próprio e aos outros a liberdade de ser o que é. Evitar a imposição rígida das suas idéias sobre como as coisas deveriam ser. Não forçar soluções de problemas, criando assim novos problemas. Participar de tudo, mas com envolvimento distanciado.
2) Transformar a incerteza em um ingrediente essencial da própria existência. Na disponibilidade para aceitar a incerteza, as soluções emergirão espontaneamente do próprio problema, da própria confusão, da desordem, do caos. Quanto mais incertas forem as coisas, mais seguro deverá se sentir, porque a incerteza é o caminho da liberdade. Através da sabedoria da incerteza encontrará segurança.
3) Entrar no campo de todas as possibilidades e antecipar a excitação que pode ocorrer quando se está aberto a uma infinidade de escolhas. Quando entrar no campo de todas as possibilidades, experimentará toda a diversão, toda a magia, todo o mistério, toda a aventura da vida.
Lei N° 7
A lei do darma ou do propósito de vida
Todos têm um propósito de vida... Um dom singular ou um talento único para dar aos outros.
E, quando misturamos esse talento singular com benefícios aos outros, experimentamos o êxtase da exultação do nosso próprio espírito – entre todos, o supremo objetivo.
Quando você está trabalhando, o passar das horas deve soar como música extraída de uma flauta.
...E o que é trabalhar com amor ? É como tecer uma roupa com fios que vem do coração como se fosse o seu bem-amado a usa-la...
Kalil Gibran, O profeta.
A sétima lei espiritual do sucesso é a lei do darma. A palavra darma vem do sânscrito e significa “propósito de vida”. Segundo a lei do darma, assumimos uma forma física para cumprir um propósito de vida. O campo da potencialidade pura é divindade em essência. É o divino Deus assumindo a forma humana para cumprir um propósito.
De acordo com esta lei, você tem um talento singular e uma maneira única de expressa-lo. Existe alguma coisa que você consegue fazer melhor do que todo o mundo. E para cada talento singular, na sua forma única de expressar, existem necessidades específicas. Quando essas necessidades se combinam com a expressão criativa do seu talento, surge a fagulha que cria a riqueza.
Se você ensinar este pensamento às crianças, poderá ver os seus efeitos. Fiz isso com os meus filhos. De vez em quando, eu falava que havia uma razão para eles estarem aqui e que cada um teria de descobrir por si mesmo que razão era essa. Desde os quatro anos eles ouviam isso. Também ensinei-lhes a meditar quando tinham mais ou menos essa idade. Eu lhe dizia sempre: “Não quero que vocês se preocupem em ganhar muito dinheiro. Se não forem capazes disso quando crescerem, eu mesmo providenciarei o seu sustento, portanto, não se preocupem. Não quero que o objetivo das suas vidas seja o de ser um sucesso na escola, nem o de ter as melhores notas, ou o de freqüentar as melhores faculdades. Mas, quero que se perguntem como descobrir o seu talento e servir à humanidade, pois cada um de vocês tem um talento único que ninguém mais tem. E, cada um tem um forma de expressar esse talento que mais ninguém tem” . O resultado é que eles acabaram indo para as melhores faculdades e são únicos naquilo que os torna economicamente auto-suficientes, porque estão concentrados no que vieram fazer aqui. É essa, portanto, a lei do darma.
A lei do darma apresenta três componentes. O primeiro é o de que estamos aqui para encontrarmos o nosso verdadeiro Eu, para descobrir que o nosso verdadeiro Eu é espiritual, que somos essencialmente seres espirituais expressos numa forma física. Não somos seres humanos que de vez em quando têm experiências espirituais. Ao contrário, somos seres espirituais que de vez em quando têm experiências humanas.
Estamos aqui para descobrir o nosso Eu superior ou espiritual. Essa é a primeira coisa que se cumpre na lei do darma. Precisamos descobrir por nós mesmos que temos em nosso interior um embrião de deus ou deusa, desejoso de nascer e de expressar a sua divindade.
O segundo componente é o de que devemos expressar o nosso talento singular. A lei do darma diz que todo ser humano tem um talento único. Ou seja, você tem um talento só seu. Ele é único na sua expressão e tão específico que ninguém mais em todo o planeta tem um igual, ou maneira parecida de expressa-lo. Isto significa que há uma coisa que você pode fazer e de um jeito melhor do que qualquer outra pessoa sobre a Terra. Quando você está fazendo essa coisa, perde a noção do tempo. E, quando está expressando esse talento único – muita gente tem mais de um talento – você penetra na consciência atemporal.
O terceiro componente é o de que devemos servir à humanidade. Para isso devemos fazer as seguintes perguntas: “Como poso ajudar ? Como posso ajudar a todos com tenho contato ?”
Quando você combina a capacidade de expressar o seu talento único com benefícios à humanidade, está fazendo pleno uso da lei do darma. Agindo assim, e somando a experiência da sua própria espiritualidade, o campo da potencialidade pura, não há meios de você não ter acesso à abundância ilimitada, porque essa é a verdadeira forma de se obter abundância.
E, não se trata de abundância passageira. Ela é permanente por causa do seu talento único, da sua maneira específica de expressá-lo, dos benefícios e dedicação aos seus semelhantes, que descobriu ao se perguntar: “Como posso ajudar ?”, em de “O que vou ganhar com isso ?”.
A pergunta “O que vou ganhar com isso ?” é o diálogo interior com o ego. A pergunta “Como posso ajudar ?” é o diálogo interior com o seu espírito. O espírito é aquele domínio da nossa consciência em que experimentamos nossa universalidade. Ao mudar o seu diálogo interior – do “Que ganho com isso ?” para “Como posso ajudar ?” – automaticamente você está indo além do ego e entrando no domínio do espírito. Embora a meditação seja o melhor caminho para entrar no domínio do espírito, Ao mudança do seu diálogo interior para “Como posso ajudar ?” também dará acesso a ele, ao domínio da consciência onde você experimentará a sua universalidade.
Se você quiser fazer uso pleno da lei do darma, terá de assumir alguns compromissos.
O primeiro é o de procura o seu Eu superior, que está além do ego. Isso você consegue através de práticas espirituais.
O segundo é o de descobrir talentos únicos. E, ao encontra-los, alegrar-se, porque o processo do prazer ocorre quando se entra na consciência atemporal. É quando estamos em estado de graça.
O terceiro compromisso é o de se perguntar como poderá melhor servir à humanidade. Você deve simplesmente dizer: “Vou responder a essa pergunta e depois colocar a resposta em prática. Vou usar os meus talentos únicos para suprir as necessidades dos meus semelhantes. Vou combinar essas necessidades ao meu desejo de ajudar e servir aos outros”.
E, depois , sentar e fazer uma lista de repostas a essas duas questões. Pergunte-se, quando o dinheiro não é problema e se você tem todo o tempo do mundo, o que faria. Se responder que continuaria fazendo o que faz hoje, então, já está no seu darma , porque tem paixão pelo que faz e está expressando os seus talentos singulares. Em seguida, pergunte-se como melhor servir à humanidade. Responda à pergunta e coloque em prática a sua resposta.
Descubra a sua divindade, encontre o seu talento único, use-o para servir à humanidade e você gerará toda a riqueza que quiser. Quando a sua expressão criativa combina-se às necessidades dos seus semelhantes, a riqueza flui espontaneamente do não manifesto para o manifesto, do reino do espírito para o mundo da forma física. Você passa a experimentar a sua vida como uma expressão milagrosa da divindade. Não só de vez em quando, mas o tempo todo. E, você vai conhecer a verdadeira alegria e o verdadeiro significado do sucesso – o êxtase e a exultação do seu próprio espírito.
APLICAÇÃO DA LEI DO DARMA OU DO PROPÓSITO DE VIDA
Você pode colocar a lei do darma em ação assumindo o compromisso de dar os seguintes passos:
1) Nutrir amavelmente, hoje, a divindade que habita em você, no fundo da sua alma. Prestar atenção ao seu espírito, que anima o seu corpo e a sua mente. Despertar desse profundo sono dentro do seu coração. Carregar consigo a consciência da atemporalidade, do ser eterno, em todas as experiências limitadas pelo tempo.
2) Fazer uma lista dos seus talentos únicos. Depois, outra lista das coisas que adora fazer quando está expressando esses talentos. Diga, então: “Quando eu os expresso e os ponho a serviço da humanidade, perco a noção do tempo e crio abundância em minha vida, bem como na vida dos outros ?”.
3) Perguntar a si mesmo diariamente: “Como posso servir ?” e “Como posso ajudar ?” As respostas a essas perguntas permitirão ajudar e servir aos seus semelhantes, com amor.
As Sete Leis Espirituais do Sucesso
Autor: Deepak Chopra
Conclusão
Quero conhecer os pensamentos de Deus... O resto é detalhe.
Albert Einstein
A mente universal coreografa todas as coisas que estão acontecendo em bilhões de galáxias numa precisão e inteligência infalíveis. Essa inteligência é o máximo. É o superior. Permeia cada fibra da existência: da menos à maior, do átomo ao cosmos. Tudo o que está vivo é expressão de inteligência superior. E essa inteligência opera através das sete leis espirituais.
Se você olhar para cada célula do corpo humano, verá no seu funcionamento a expressão dessas leis. Toda célula, seja ela do estômago, do coração, do cérebro, tem sua origem na lei da potencialidade pura. O DNA é um exemplo perfeito disso. É, de fato, a expressão material da potencialidade pura. O mesmo DNA existente em todas as células expressa-se de formas diferentes para cumprir as exigências singulares de uma célula em particular.
Cada célula opera também através da lei da doação. Ela está viva e saudável quando no seu estado de equilíbrio. Esse estado de equilíbrio é o da satisfação e da harmonia, mantido pelo constante movimento de dar e receber. Cada célula nutre a outra e é nutrida pelas demais. Há ali um permanente estado de fluxo dinâmico que nunca é interrompido. De fato, o fluxo é a própria essência da vida da célula. É mantendo esse fluxo que ela consegue receber e dar, continuando assim, a sua existência vibrante.
O mesmo acontece com a lei do carma, cumprida com refinamento por todas as células: Em sua própria inteligência está a resposta mais apropriada, precisa e correta a toda situação no momento em que ocorre.
A lei do mínimo esforço também é executada primorosamente por elas, que fazem trabalho seu trabalho com eficiência silenciosa, num estado repousante de alerta.
Já a lei da intenção e do desejo se efetiva através da utilização pelas células do poder de organização infinita da inteligência da natureza. A mais simples intenção, como a metabolização de uma molécula, cria instantaneamente uma sinfonia de eventos no corpo, onde quantidade precisas de hormônios têm de ser secretados em momentos precisos para converter essa molécula de açúcar em energia criativa pura.
Todas as células expressam, ainda, a lei do distanciamento. Elas se distanciam do resultado das suas intenções. Não hesitam nem se confundem, porque o seu comportamento é em função da consciência do momento presente centrada na vida.
E manifestam a lei do darma. As células têm de conhecer a sua própria fonte, o Eu superior, e têm de servir aos seus semelhantes e expressar os seus talentos únicos. As células do coração, do estômago, as imunológicas, têm a sua fonte no campo da potencialidade pura – no Eu superior. E, por estarem diretamente vinculadas a esse computador cósmico, podem expressar os seus talentos únicos com tranqüila facilidade e consciência atemporal. Expressando os seus talentos únicos, mantêm a sua integridade e a do corpo todo. O diálogo interior de cada célula do corpo humano é sempre “como posso ajudar ?”. As células do coração querem ajudar as células imunológicas; estas, por sua vez, querem ajudar as células do estômago e dos pulmões; as do cérebro querem ouvir e auxiliar todas as outras. Cada célula do corpo tem apenas uma função: ajudar as outras.
Olhando o comportamento das células do nosso corpo, podemos observar a mais extraordinária e eficiente expressão das sete leis espirituais do sucesso. Essa é a genialidade da inteligência da natureza. Esses são os pensamentos de Deus – O resto é detalhe.
As sete leis espirituais do sucesso são princípios poderosos que o capacitarão a alcançar o autodomínio.
Se você prestar atenção a essas leis e praticar os passos sugeridos aqui, poderá desejar e receber o que quiser – riqueza, dinheiro, sucesso. Verá também que a sua vida vai mudar, ficando mais prazerosa e abundante em todos os sentidos, porque essas leis são as mesmas que dão sentido à vida. E, elas existem desde que o mundo é mundo. Pois, são as leis da mãe natureza.
Há uma seqüência natural de aplicação dessas leis na sua vida diária, que o ajudarão a lembrar-se delas.
1) A Lei da potencialidade pura é experimentada através do silêncio, da meditação, do não julgamento, da comunhão com a natureza. Mas ela é ativada pela
2) Lei da doação, cujo princípio é saber dar o que deseja receber. Se você busca a abundância, deve dar em abundância. Se quer dinheiro, deve dar dinheiro. Se deseja amor, apreço, afeição; deverá saber dar amor, apreço e afeição. Através dos seus atos na lei da doação, você ativa
3) A Lei do carma. Ao criar um bom carma, tornará tudo mais fácil na sua vida, notará que não será necessário fazer muito esforço para satisfazer os seus desejos. Isso automaticamente, o fará compreender
4) A Lei do mínimo esforço. Assim, quando tudo ficar fácil e não exigir esforço, quando os seus desejos forem satisfeitos, você começará espontaneamente a entender
5) A Lei da intenção e do desejo. Satisfazer os seus desejos com tranqüila facilidade permitirá que você pratique
6) A Lei do distanciamento. Por fim, quando você começar a entender todas essas leis e passar a focalizar o seu propósito de vida, chegará
7) A Lei do darma. Com a utilização dessa lei, ao expressar os seus talentos singulares para satisfazer necessidades dos seus semelhantes, você receberá tudo o que quiser e quando quiser. Ficará livre e jubiloso – expressão do amor ilimitado.
Somos todos viajantes de uma jornada cósmica – poeira de estrelas, girando e dançando nos torvelinhos e redemoinhos do infinito. A vida é eterna. Mas, as suas expressões são efêmeras, momentâneas, transitórias.
Gautama Buda, fundador do budismo, disse certa vez:
“Nossa existência é transitória como as nuvens no outono. Observar o nascimento e morte do ser é como olhar os movimentos da dança. Uma vida é como brilho de um relâmpago no céu, levada pela torrente montanha abaixo. ”
Nós paramos um instante para encontrar o outro, para nos conhecermos, para amar e compartilhar. É um momento precioso, mas transitório. Um pequeno parêntese na eternidade. Se partilhamos carinho, sinceridade, amor, criamos abundância e alegria para todos nós. Esse momento de amor é valioso.
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